Eleições/Presidências: “Se for eleito Presidente da República de São Tomé e Príncipe não terei chefe”, diz Pósser da Costa

São Tomé, 29 agosto21-(Jornal31) – O candidato do MLSTP, Pósser da Costa, pugna pela estabilidade e harmonia e defende que não terá chefe caso seja eleito. A coligação MDFM-UDD, apoia-o para “livrar o País da cultura do odio e da perseguição”.

“Eu tenho cabeça(inteligência) eu não vou ser dono de ninguém”, declarações proferidas por Pósser da Costa na Região Autónoma do Príncipe, no arranque da sua campanha para segunda volta das presidências.

O candidato apoiado pelo MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), partido no poder, atacava diretamente o seu adversário, Carlos Vila Nova, que no seu entender será um Presidente da República teleguiado, sem poder de decisão.

“Ninguém vai mandar algo para mim, faz isto, faz acola (…) sei perfeitamente bem o que é mal e o que é bem para este povo” afirmou Pósser da Costa.

Segundo o candidato do partido da independência, todos os militantes e simpatizantes dos sociais democratas devem defender a matriz do nacionalismo.

Para Pósser da Costa, os são-tomenses têm apenas duas escolhas no dia 5 setembro “estabilidade ou caos”.

O advogado de profissão e antigo primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe defende a “união a paz a estabilidade como valores fundamentais para projetar o desenvolvimento do arquipélago de 200 mil habitantes.

Serei um presidente próximo do povo, auscultarei sempre o povo. Porque só com o povo poderei fazer um bom mandato.

Por outro lado, o primeiro-ministro são-tomense e presidente do MLSTP-PSD entrou em cena no apoio a Pósser da Costa.

Jorge Bom Jesus garantiu este fim de semana, em Mé-Zóchi, que enquanto for primeiro-ministro, não haverá nenhum negócio de canábis em S. Tomé e Príncipe.

O chefe do governo desmentiu, por outro lado, as informações postas a circular segundo as quais o governo terá vendido os mercados da capital, municipal e coco”

MDFM-UDD apoia Pósser da Costa

“A construção de um País livre da cultura do odio da perseguição e vinganças” segundo Carlos Neves, porta-voz da coligação MDFM-UDD, são propósitos que levaram a coligação a apoiar Pósser da Costa na segunda volta destas eleições.

Neves, um dos candidatos derrotado na primeira volta das eleições de 18 de julho passado disse que Pósser da Costa garante “a paz e a estabilidade social” princípios e valores defendidos pela coligação MDFM-UDD.

Victor Monteiro, Jorge Amado, e Aurélio Martins, segundo Arlindo Barbosa, secretario geral dos socias democratas, confirmou o apoio dessas três figuras que haviam concorrido na primeira declaram o apoio a Pósser da Costa na segunda volta 

Cerca de 120 mil eleitores são chamados as urnas para elegerem o sucessor de Evaristo Carvalho, o quinto Presidente da República, depois da implantação do regime multipartidário.

Ramusel Graça