Treze filmes premiados no enceramento do Festival Internacional de Cinema de São Tomé

São Tomé, 31Out2020-(Jornal31) – “Chama-me Maria”, de autoria do documentarista Jéssica Lima, que retrata a história sobre a violência doméstica em são Tomé e Príncipe, venceu o premio na competição melhor curta-metragem nacional, no final do FestFilm (Festival Internacional de Cinema) que contou com a participação de filmes realizadores africanos e europeus.

“Olha estou sem palavras ainda pouco tremula” foram os primeiros pronunciamentos da Jéssica Lima, a imprensa após recebido os prémios nas mãos do embaixador de Portugal Rui Carmo

“Chama-me Maria”, assim se intitula o documentário da jovem Jéssica, cineasta são-tomense que foi elaborado no âmbito projeto Film-Lab. Um projeto que forma e lança para o mercado jovens documentaristas e realizadores.

“Chama-me Maria” vence a competição de,melhor curta-metragem, a obra retrata “Violência Doméstica”

“Infelizmente é um filme que fala duma problemática que a violência contra mulher foi um tema muito bom” conta sorridente e diz que está pronta para outras realizações.

“Espero que seja princípio de algo muito bom. Estou muito contente “afirmou que quis com a produção “Chama-me Maria” chamar atenção para um problema que no seu entender tornou-se num flagelo no País em que as principais vítimas são as mulheres.

“Gostaria de dedicar este filme a todas as Marias. Todas as mulheres que foram vítimas do seu companheiro”, rematou

Jéssica Lima, autora da Curta Metragem “Chama-me Maria”

Foram quatro dias de festival, filmes de realizadores africanos e europeus. Festfilm tem oito anos de existência. É a quinta edição o evento promove a língua portuguesa e a cultura lusófona. Igualmente visa despertar interesse e promover jovens apostarem na produção de filmes curtas e longas-metragens de qualidade.

“Acredito que as instituições vão ter o interesse de poder continuar a apoiar os novos realizadores”, acredita Hamilton Trindade, diretor do FestFilm, projeto que nasceu em 2014 em São Tomé e Príncipe.

Entende por outro lado, que existem condições para que realizadores são-tomenses possam apresentar os seus projetos no estrangeiro.

Avança que “a próxima edição do festival possa haver mais filmes para serem apresentados tanto em São Tomé como no estrangeiro.

Foram quatro dias de competição trinta filmes foram exibidos no festival internacional de cinema de São Tomé e Príncipe

Das trinta curtas e longas-metragens que estiveram em competição treze das quais das quais foram premiadas.

“Nunca tinha visto uma produção local com tanto nível foi realmente uma escolha difícil. Tiveram outras filmes curtos metragens com tanta qualidade boa” disse Yanick Loupanza, um dos membros do júri do Festival Internacional de Cinema.

“Os filmes tinham sons, imagens, fotografias lindíssimas era incrível a escolha foi muito difícil para nos acredita””sublinhou Yanick que elogiou a organização do festival que pela segunda vez o convidou a integrar a lista do júri do Festfilm.

Por Ramusel Graça

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