Degradação de ponte deixa São Tomé sem energia mais de 24 horas

São Tomé, 01 Março 2022(Jornal31)- As más condições da ponte de Ribeira Funda que dá acesso à Cidade de Neves, distrito de Lembá, impossibilitou a circulação para abastecimento de combustível à EMAE, obrigando a interrupção do fornecimento de energia elétrica à população, durante mais de 24 horas.
O fornecimento de energia elétrica foi retomado à população aos poucos, no segundo período desta terça-feira (01.03), pela ENCO (Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo), após a greve dos seus motoristas e empresas privadas, que garantem o abastecimento de combustíveis à EMAE e as gasolineiras.
O abastecimento entre camiões através de ligações de mangueiras para as cisternas foi a solução encontrada, devido
as más condições em que se encontra a ponte de Ribeira Funda. “Nós fomos informados desta alternativa esta manhã”, afirmou Aguinaldo Quaresma, camionista de uma empresa privada que garante o abastecimento de combustíveis às centrais térmicas da EMAE, empresa de água e eletricidade.

Essa situação era previsível, nos havíamos avisado com antecedência, disse Aguinaldo.
O camionista, garantiu que “os geradores da central térmica de Santo Amaro estavam totalmente paralisados, devido a ausência de combustível”.
“A nossa prioridade agora é abastecer a central de Santo Amaro, depois passaremos para outras da capital.”
Apagão mais de 24 horas
A falta de abastecimento da central térmica da EMAE teve como consequência um apagão que durou mais de 24 horas. O apagão que foi notável ao anoitecer em São Tomé, começou nas primeiras horas do dia, com corte de energia no centro da capital e arredores, paralisando a administração pública, pequenas e grandes indústrias.

Todas as segundas-feiras nas primeiras horas do dia, as centrais elétricas da EMAE e as gasolineiras são abastecidas, nesta última, tal não aconteceu.
Esta terça-feira, registaram-se enormes filas nas gasolineiras, e os combustíveis chegaram a esgotar-se nos postos de abastecimento.
Ponte de Ribeira Funda
O perigo de um acidente durante o transporte de produtos inflamáveis nomeadamente “gasóleo, gasolina, petróleo e combustível para os aviões,” levaram os motoristas da ENCO e de empresas privadas de prestação de serviço a paralisarem os trabalhos.
Adérito Santos, o responsável da gasolineira Entre Santos, declarou que os camionistas “haviam alertado da paralisação, desde a última quinta-feira (24.02).

A ponte de Ribeira Funda, assegura o funcionamento da economia na capital São Tomé.
Construída desde era colonial, a falta de manutenção crónica acelerou a degradação da infraestrutura, que não resistiu um mês depois das enxurradas resultantes das intempéries que se abateram sobre o território nacional, entre os dias 28 e 29 de dezembro passado.
Uma via alternativa está em construção pela construtura José António Alves nas imediações da ponte, de modo a permitir a circulação de pessoas e bens da cidade capital para Neves, e vice-versa.
Não se sabe quanto tempo levará a reabilitação da referida ponte, o que põe em causa a circulação dos populares e automobilistas. Caso não seja feito o restabelecimento da mesma, a fúria das águas do mar poderá acelerar a destruição da única via alternativa num abrir e fechar de olhos.
Por Ramusel Graça
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