Crise de energia um problema crônico de São Tomé e Príncipe

São Tomé, 26mar2023 -(Jornal31) – Roubo de energia, dividas avultadas, aumento do preço de combustíveis, transformaram a crise de energia, em São Tomé e Príncipe, um problema crônico, que a empresa de eletricidade e água EMAE, tornou-se incapaz de resolver.  

Há sensivelmente dois meses que a EMAE empresa de eletricidade e água de São Tomé e Príncipe, reduziu drasticamente o fornecimento de energia, afetando à população, os operadores económicos comerciantes e pequenas indústria de transformação.

Das cinco centrais térmicas existentes na ilha de São Tomé, todas elas carecem de manutenção completa, segundo Hélio Lavres, diretor geral da EMAE.

Este responsável indicou que os técnicos da empresa têm recorrido, a “sucata para recuperarem grupos de geradores que exigem manutenção”.

“Não temos dinheiro para comprar combustíveis” afirmou Hélio Lavres e garantiu que a empresa decidiu depois do encontro com o Governo são-tomense em acionar uma campanha de sensibilização” apelando aos devedores a honrarem os seus compromissos.

A divida comercial de São Tomé e Príncipe para com Angola, resultante do fornecimento de combustíveis pela petrolífera angolana Sonangol à ENCO (Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo) está avaliada em mais de 250 milhões de dólares.

Lavres, explicou ainda que a ENCO reduziu o fornecimento de combustíveis a EMAE, obrigando por outro lado, a empresa a adotar um programa de redução no fornecimento de energia aos 50 mil clientes.

O BAD, Banco Africano de Desenvolvimento, prometeu uma ajuda pontual de doze meses à São Tomé e Príncipe, mas Pietro Toigo, representante desta instituição financeira, para Angola e o arquipélago de São Tomé, não especificou no entanto, o tipo de ajuda.

Anunciou depois do encontro com o primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada, e com as organizações da sociedade civil, a elaboração dum plano estratégico para o setor energético.

Toigo, considera que o plano a ser elaborado deve tomar em conta outras políticas em curso para melhoria do setor, que levara o País adotar energias renováveis.

Por Ramusel Graça

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