Catorze pescadores são-tomenses presos no Gabão por pesca ilegal

São Tomé, 27mar2023 -(Jornal31) – Catorze marinheiros são-tomenses, estão presos no Gabão por motivos de pesca ilegal e estão sob custodia da justiça, o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, garantiu que o caso esta a ser tratado ao nível da diplomacia

Já passaram onze dias que os catorze marinheiros são-tomenses que saíram para pesca programada para o sul da Ilha de São Tomé, mas que terminou no entanto, no mar territorial do Gabão.

Os marinheiros são-tomenses teriam pescado numa zona proibida e acabaram detidos pela guarda costeira gabonesa em Porto-Gentil, cidade económica do Gabão.

Os familiares dos pescadores mostram-se inconformados e apelam as autoridades são-tomense para que resolvam o assunto com maior brevidade.

“Eles estão presos, só tomam pequeno almoço, jantam três pessoas num mesmo prato ” afirma Iva Leite, esposa de um dos tripulantes da embarcação.

O navio foi confiscado e abordo continha 150 quilos de peixe, o proprietário do navio José Eva, diz estar “de mãos atadas em não poder fazer nada”.

“São Tomé e Príncipe e o Gabão disputam uma zona marítima comum”, frisou Jose Eva, que acredita que prevalecera no âmbito deste processo “as boas relações existentes entre os dois países” para que o problema seja resolvido.”

José Eva, proprietário da embarcação apreendida em Libreville Gabão.

O empresário levanta a hipótese do navio ter sido arrastado por uma corrente marítima para aquela zona protegida do Gabão.

Mas relatos da comunidade são-tomense radicada em Libreville, contactada por este Diário Digital, avança que a imprensa gabonesa, noticiou que foi a segunda vez que os marinheiros são-tomenses foram interceptados pela guarda costeira do Gabão a pescar naquela zona proibida.

“A embarcação saiu sexta-feira (17.03), para domingo estar em Porto Gentil não possível, só pode ter sido uma correnteza marítima “afirma, José Eva.

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, garantiu que o assunto está a ser tratado ao nível diplomático e frisou irá diligenciar “para que não haja maus-tratos por parte das autoridades gabonesas“.

Familiares dos marinheiros, apelam ao Governo para encetar diligências junto das autoridades Gabonesas.

Patrice Trovoada, ressaltou ainda que “o governo gabonês, com quem temos boas relações não podemos interferir numa questão de justiça“.

O primeiro-ministro são-tomense assegurou que “estamos a acompanhar para que as pessoas beneficiem de todo o apoio“.

Por Ramusel Graça

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