SAFEBOND,”sufocada financeiramente”, Governo não desata, o caso está na Justiça

São Tomé,06Abr2023-(Jornal31) -A decisão do governo são-tomense em suspender por seis meses, o acordo de concessão e de exploração do Porto de Ana Chaves, por trinta anos, ao consorcio ganês, SAFEBOND, está a causar prejuízos financeiros em dezenas de milhares dos dólares, informou a empresa.

Os responsáveis da SAFEBOND STP, pela segunda vez voltaram a quebrar o silêncio, para repudiar a decisão do decimo oitavo Governo Constitucional de São Tomé e Príncipe que a 14 de janeiro passado, suspendeu por seis mêses, o contrato de concessão e de exploração dos portos das ilhas de São Tomé e do Príncipe.

Segundo o acordo assinado com anterior Governo, prevê a exploração dos Porto de Ana Chaves, Fernão Dias e do Príncipe por trinta anos. Mas clausulas preveem uma fiscalização dos investimentos pela parte são-tomense de seis em seis meses.

“Colocamos no Supremo Tribunal Administrativo, uma (Providência Cautelar)”,disse Carlos Semedo, advogado da SAFEBOND STP em conferencia de imprensa.

Semedo, explicou por outro lado, que ação interposta no Tribunal, “trata-se um pedido para revogação imediata da decisão da suspensão.”

Krobo Edusei, Presidente da SAFEBOND, diz que veio para São Tomé, para fazer dinheiro e não politica e quer ajudar os jovens desempregados

A providência cautelar foi introduzida no Tribunal de São Tomé, a 14 de fevereiro passado, garante o advogado que ambas as partes estão dentro do prazo e aguardam por uma decisão.

Avançou ainda Semedo, que por causa da suspensão da concessão, “até a data da entrega da ação, estava a causar um prejuízo na ordem dos vinte e cinco milhões de dólares“.

A empresa está encurralada financeiramente, e o executivo são-tomense não dá abertura para negociações. O caso foi entregue a justiça, os “patrões da SAFEBOND,” dizem que as consequências são desastrosas para as partes.

Carlos Semedo advogado(esquerda), Edwin Kusi-Appiah, Secretário da SAFEBOND(Direita)

Prejuízos que segundo Edwin Kusi-Appiah, secretário da SAFEBOND, terá repercussões aos “investimentos económicos da SAFEBOND e um sério prejuízo ao interesse nacional.”

A paralisação da concessão explica Kusi-Appiah, “multiplica o debito que nós temos muito elevado.” Antes da decisão governamental, os funcionários da ENAPORT, denunciaram que os fundos sociais dos trabalhadores não tinham sido pagos e não tinham sidos observados os investimentos evocados pela concessionária.

A administração da SAFEBON, manteve na gestão da ENAPORT, (empresa nacional de administração dos Portos) por apenas dois meses, por isso, considera ser um período insuficiente para fazer qualquer tipo de investimento.

Krobo Edusei, Presidente da SAFEBOND, diz que as encomendas dos equipamentos “demoram três a seis meses até chegarem ao País”. Os trinta milhões de dólares de investimento, segundo disse “contempla a compra de equipamentos da formação dos funcionários e a modernização do Porto “reforçou Krobo que esses engajamentos “estão plasmados no contrato

Insatisfeito e impaciente num ton de voz alto, Krobo Edusei, Presidente da SAFEBOND, bateu as mãos sobre a mesa num gesto de “frustação“, perante a situação e afirmou que a experiência da sua empresa no continente africano e sobre tudo no Gana foi comprovada, pelos dirigentes são-tomenses durante as missões diligências, feitas por técnicos da ENAPORT e outros chefiadas pelos ministros das infra-estruturas e das finanças e economia azul.

Porto de Ana Chaves gerido pela ENAPORT

“Somos a principal operadora do porto em Gana, com operações no porto petrolífero de contentores de carga e emprega cerca de três mil pessoas”, clarificou reforçando que a SAFEBOND tem dezoito empresas em África.

A localização geoestratégica de São Tomé e Príncipe, motivou a SAFEBOND, a investir no País, mas antes recordou Krobo Edusei, que o primeiro estudo de prospecção do mercado teve lugar em 2019.

São Tomé é uma passagem obrigatória dos petroleiros da Nigéria, Tchad, para os Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, e também um corredor fundamental de grandes navios mercantes”, sublinhou Krobo, que entende que os investimentos irão criar postos de trabalhos sobre tudo, frisou “para jovens são-tomenses”.

Por Ramusel Graça

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