Jornal31

São Tomé,23abri2023-(Jornal31)-Militares e forças de segurança pública, tomaram o controlo da cidade de São Tomé, este domingo (23.04) às 6.00 TMG, numa ação de limpeza e retiraram com a investida toneladas de lixo que o exercito são-tomense acredita estar na origem de várias doenças desconhecidas no País.

A mobilização dos militares aconteceu na “Praça da Independência” logo pela manha, estiveram envolvidas todas as chefias do Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, desde Brigadeiro João Pedro Cravid, Vice-Chefe- Armindo Rodrigues e o comandante das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, José Maria.

Munidos de matérias alfaias agrícolas, machim, carinhos de transporte de lixo, enxadas, forquilhas entre outros), o exército são-tomense assumiu o controlo da limpeza de São Tomé, eliminando todos os potencias focos de insalubridade, ao ar livre no centro da capital.

Águas paradas, buracos, capins a berma da estrada, canais de escoamento das águas fluviais, valas e sarjetas entupidas, é a marca da cidade de São Tomé e Príncipe e nalguns pontos o cheiro nauseabundo, anunciam problemas de “saúde publica“.

Distribuídos em várias artérias da capital e por unidade, em poucas horas de trabalho foram removidos, muito resíduo solido, evidenciando a urgência de manutenção e requalificação de todas as redes de esgotos, que a cidade de São Tomé reclama, apos ter concluído 488 anos da sua edificação.

A limpeza e manutenção das ruas da capital São-Tomé “é uma iniciativa exclusiva das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe e visa garantir a limpeza da nossa cidade“, disse segundo tenente da guarda costeira, Edna Manuel. A operação contou com a colaboração dos funcionários da Câmara Distrital de Agua Grande, e da equipa de proteção civil e bombeiros.

“É uma iniciativa das forças armadas e acaba por ser uma das atribuições das forças que é fazer trabalho junto da população. Esta iniciativa tem como objetivo garantir a limpeza da nossa cidade e nós também com apoio dalgumas forças e instituições nomeadamente bombeiros“, assegurou a segundo tenente das forças armadas.

Segundo disse Efigénia Fortes medica das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, trata-se uma iniciativa das FASTP (Forças Armadas de São Tomé e Príncipe), visa garantir “a saúde de uma forma geral da população.”

“A capital está mesmo infetada“, afirmou Efigénia Fortes, que apontou por outro lado, que “a quantidade de lixo removido justifica doenças de várias origens desconhecidas com que o sistema nacional de saúde de São Tomé se confronta“.

“Atualmente temos muitas doenças que anteriormente não existiam. Estes fatos põem em causa a saúde da comunidade”, considera Fortes, que exemplificou que “além do lixo vê-se muitos animais soltos na rua, principalmente os cães“.

Jorge Amado, ministro da defesa e ordem interna de São Tomé e Príncipe, a mobilização da Forças Armadas a “limpeza da capital“, é exemplo que deveria nutrir todo o País.

“Eu acho que nos aprendemos a viver apenas na riqueza. Não conseguimos dirigir o País com pouco meio dai que o resultado que temos é isto”, sublinhou o governante.

Para Jorge Amado, a degradação das vias da capital resulta da “banalização e a falta de manutenção” periódica num País segundo ele próprio que “espera sempre contar com ovo no rabo da galinha que vem do estrangeiro para fazer tudo“.

O Ministro da Defesa, reconhece que na Europa a política de manutenção e periódica, tendo indicado que o trabalho cívico desencadeado pelo exército são-tomense, marca o início dos preparativos para Cimeira da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

A capital São Tomé, acolhe esta semana a reunião dos chefes estado maiores da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e em agosto Cimeira da comunidade.

Por Ramusel Graça