“2 megawatts de energia solar prestes a entrar na rede da EMAE em São Tomé

São Tomé, 24 marco2022-(JORNAL31)— Dois megawatts de energia solar, preparam-se para entrar brevemente na rede da EMAE  empresa de água e energia de São Tomé e Príncipe, a partir da central térmica de Santo Amaro. Um ensaio que conduzirá o País em Janeiro 2023 a entrar em plena produção de energia limpa, gerada através de fontes renováveis e sem emissão de poluentes para o ambiente. Cinco empresas já têm contratado de produção e venda.

Água Casada, e  Praia das Conchas Terra, na zona norte de São Tomé foram escolhidas para montagem dos parques de infraestruturas das empresas que pretendem explorar energia limpa, fruto da emissão de licença autorizada pelo governo, após terem sido avaliados os projetos.

Tratam-se de Cisan Indústria Energia-SA, Maeci Solar Group-Africa Energy Future STP, Solo Solar Energy & Incemet, Agna, Green Energy & Ennax61.

Arquivo: Central Térmica de Santo Amaro

Destacam-se entre elas, empresas de capital São-Tomense e Estrangeiras, duas das quais se comprometeram em colocar na rede da EMAE energia limpa produzida em janeiro de 2023.

 “Em termos de cronograma apresentado pelas empresas e validados por nós, em janeiro de 2023 já estarão em plena produção em princípio no mínimo duas empresas, afirmou, Leonel Wagner Neto, Coordenador dos projetos de energia do Ministério das Infraestruturas e Recursos Naturais e Energia.

Além, da energia fotovoltaica, as empresas propõem igualmente a produção energética através de biomassa, com recurso a resíduos sólidos e chorumbo, este último, garante Wagner Neto, será importado pela empresa promutora.

“Validamos sim senhor essa proposta. O resíduo atualmente existente, segundo a empresa, dará para dois anos de produção. Os próximos a serem recolhidos serão para os próximos dois anos a seguir” indicou Wagner, pois, o objetivo é promover o saneamento do meio.

Segundo a decisão do governo, os produtores indepedentes de electricidade venderam a partir de janeiro de 2023 energia limpa solar fotovoltaica a 0,085 cêntimos de euros por kilowatts cerca de 5 dobras moeda local.”

Uma cifra, precisou Leonel Wagner Neto, que permitirá a EMAE obter uma “margem de lucro”.

Com a produção de energia limpa em São Tomé e Príncipe o executivo  de Jorge Bom Jesus, explicou Wagner Neto “irá proibir a importação de lâmpadas incandescentes, e promover equipamentos mais eficientes, motores elétricos, ventoinhas aparelhos de ar condicionado , e equipamentos electricos de baico consumo” frisou.

Dados da direção dos recursos naturais e energias indicam que o estado São-Tomense, gasta aproximadamente 40 milhões de euros por ano, na compra e transporte de combustíveis para a produção e fornecimento de energia à população. A EMAE, empresa de água e energia de São Tomé, conta com mais de 50 mil clientes. São Tomé, produz atualmente cerca de 18 megawatts de anergia disponível.

“Investimento Público”

São Tomé e Príncipe debate-se com a crise energética crónica já há vários anos, e segundo analistas políticos, tal facto teve influência no resultado das eleições em São Tomé e Príncipe.

A tal crise energética agudiza-se no arquipélago normalmente, durante as festas de natal e de fim do ano e no período de eleições legislativas ou presidências.

Leonel Wagner Neto, coordenador do Projeto de Energia do Ministério das Infraestruturas Recursos Naturais (23.03)

E com apoio dos parceiros de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, adiantou Leonel Wagner Neto, já está em curso um investimento de 2 megawatts de energia fotovoltaica, cuja infraestrutura está localizada no parque da central elétrica de Santo Amaro.”

Este engenheiro coordenador dos projetos do setor energético do Ministério das Infraestruturas, adiantou por outro lado, que existe um engajamento do programa das Nações Unidas para o desenvolvimento para financiar o projeto de montagem de uma central fotovoltaica de 500 kilowatts, e 1500 kilowatts financiados pelo BAD Banco Africano de Desenvolvimento.

Com este investimento de parceiros de desenvolvimento o País, prepara-se para a transição energética da anergia convencional termica para energia renovavél. Os 2 megawotts têm a previsão de entrarem na rede da EMAE, entre setembro e outubro proximo.

Devido às potencialidades hídricas, consideradas de “abismal” existentes no País,  segundo Wagner Neto, foi projetado um  investimento para a reabilitação da mini-hídrica com recurso ao rio Papagaio, com capacidade de 600 megawatts, de acordo com o estudo de viabilidade.

“As energias renováveis em si, já somos promotores, há mais de cinquenta anos que temos a central de Contador, Guégue e Agostinho Neto, facto que Wagner Neto, que considera como sendo um indicador bastante “ambicioso” na mudança da matriz energetica no País” assegurou.

Numa entrevista a este diário digital, Leonel Wagner Neto, disse que está em curso o processo de lançamento do concurso para construção de pequena hidroelétrica sob rio Yó Grande, e mini hídrica de Bombaim, que produziram entre 10 a 12 megawatts, e a previsão é que dentro de 2 a 3 anos.

Por Ramusel Graça

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