Jornal31

São Tomé,17 maio 2022-(jornal31) – O Governo São-Tomense e o Americano, estão a renegociar o acordo de permanência da estação de rádio transmissora da Voz da América em São Tomé e Príncipe, para os próximos dez anos, após o fim de 25 anos de vigência do primeiro acordo, assinado a 14 de fevereiro de 1997.

“É de todo o nosso interesse que a Voz da América continue aqui connosco. Somos realistas, naturalmente temos que atualizar os números”, disse Jorge Bom Jesus, Primeiro Ministro São-Tomense, interpelado no passado sábado (14.05), durante a feira das mulheres empreendedoras que teve lugar na CACAU (Casa das Artes, Cultura, Ambiente e Utopia).

Além da atualização dos valores resultantes da renda do espaço, segundo Jorge Bom Jesus, o Governo São-Tomense exige” um relacionamento mais consequente ao nível da comunicação social.”

O Primeiro Ministro São-Tomense, quer maior apoio do governo Americano à radio e televisão estatal RNSTP (Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe) e a TVS (Televisão São-Tomense).

“Não faz sentido nós termos uma instituição do primeiro mundo e depois termos as nossas instituições praticamente lá no fundo “afirmou Bom Jesus.

“Estamos a solicitar uma solidariedade. O que estamos a pedir é no sentido de podermos equilibrar a balança”, enfatizou.

O primeiro acordo assinado a 14 de fevereiro de 1997, foi rubricado na altura por Jerónimo Salvaterra, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades pela parte São-Tomense, e Peter Dettener, anterior diretor da estação, pelo Governo Americano. Mas, o centro retransmissor da Voz da América, está  instalado no arquipélago do Golfo da Guiné desde 1992.

A permanência da estação de transmissão consiste segundo o acordo, na emissão das antenas de onda média, curta e FM, na instalação de equipamentos de produção de energia elétrica e estação terrena de transmissão via satélite, entre outros.

A estação retransmissora da Voz da América em São Tomé e Príncipe, emprega mais de uma dúzia de funcionários.

Trinta anos de compensação financeira

Durante a vigência do acordo que o Jornal31 teve acesso, a compensação financeira que os Estados Unidos pagaram no primeiro ano um milhão duzentos e oitenta mil dólares americanos ($ 1.280 000,00).

No segundo ano, foi feito o pagamento de um milhão e quinhentos mil dólares americanos ($ 1.500 000,00), do terceiro ano ao décimo o valor será de duzentos e dez mil setecentos e catorze dólares americanos por ano ($ 210.714,00). Do décimo primeiro ano ao décimo quinto ano, foram pagos duzentos e quarenta e dois mil trezentos e vinte e um dólares americano por ano ($242.321,00).

Do décimo sexto ano ao vigésimo foram pagos duzentos e setenta e oito mil seiscentos e sessenta e nove dólares americanos por ano ($278.669,00), do vigésimo primeiro ano ao vigésimo quinto, trezentos e vinte mil quatrocentos e setenta dólares americanos por ano ($320.470,00), e por fim do vigésimo sexto ano ao trigésimo, o estado são-tomense encaixou trezentos e sessenta e oito mil quinhentos e quarenta dólares americanos por ano ($368.540,00).

Por Ramusel Graça