Jornal31

São Tomé, 26maio2022 -(Jornal31) – Em São Tomé e Príncipe foi declarado o surto da dengue, que já infetou 145 pessoas, desde 18 de abril, o País prepara-se para receber dois peritos estrangeiros que irão auxiliar os agentes de saúde são-tomenses a controlar a doença.

“Na próxima semana a organização mundial da saúde fara chegar ao País, um especialista em entomologia que vai trabalhar ao lado do ministério da saúde, para trabalhar e intensificar as ações de luta anti vetorial contra o mosquito que transmite a dengue em São Tomé e Príncipe”, anunciou Annie Marie Ancie, representante do escritório da OMS, no arquipélago, que entregou ao governo são-tomense testes rápidos de diagnóstico da doença.

Ancie indicou, por outro lado, que chegara na mesma semana um outro especialista em comunicação de risco que apoiara as autoridades sanitárias do arquipélago na informação de risco da dengue.

“A prevenção é a única maneira que são Tomé e Príncipe vai conseguir, lutar contra esta doença assegurou, alertando que se torna necessário lutar contra vetor de forma intensa.”

Ela assegurou, ainda que “é preciso fazer saneamento nos quintais das pessoas, nas comunidades para eliminar a presença das águas paradas ao nível urbano e periurbano.”

“temos que fazer uma prevenção precoce” assegurou, o primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus primeiro-ministro são-tomense, que entende ações preventiva, têm maior vantagens em relação ao curativo.

A posição de Bom Jesus, que agradeceu o gesto dos parceiros, bilateral, Portugal, e multilateral, por terem fornecidos testes rápidos para rastrear a população em massa, no sentido de se avaliar a situação da doença.

Até 24 de maio de 2022, cumulativamente, 145 casos foram identificados e confirmados nos distritos sanitários de Água Grande (125), Mézôchi (12), Lobata (6), Cantagalo (1) e Região Autónoma do Príncipe (1).

Existem neste momento 42 doentes incluindo 03 que se encontram internados no Hospital Central de São Tomé, com zero casos graves.

A taxa de positividade é de 47,5% com o sex-ratio masculino e feminino é de 0,93.  Durante a semana, foram registados 42 casos novos no país.

Os 3 principais sinais clínicos são febre (95%; 138), cefaleia (75%; 108) e mialgia (54%; 79). Além disso, 103 pessoas foram declaradas curadas e não houve óbitos.

Um total de 305 casos suspeitos foram testados no laboratório nacional de referência com 145 cos positivos.

A taxa de ataque de Água Grande é de longe a maior (14,9 por 10.000 habitantes) e as faixas etárias mais vulneráveis segundo a taxa de ataque são: 10-19 anos (7,8), 20-29 anos (7,9), 30-39 anos (8,6), 40-49 anos (6,1) e 50-59 anos (9,2).

Dados do ministério da saúde, indicam que os primeiros casos da doença foram diagnosticados, em 2016, mais novos casos ressurgiram a 18 de abril devido chuvas intensas que se regista na ilha.

Por Ramusel Graça