Jornal31

São Tomé, 28 maio 2022 – (Jornal31) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, pediu paciência as populações das zonas afetadas pela catástrofe natural que enfrentam neste momento inúmeros problemas, por falta de verbas para suprir todas as despesas inerentes às circunstâncias.

Jorge Bom Jesus, em entrevista aos órgãos de comunicação social, esta quinta-feira (25.05), no Palácio do Governo, disse que o seu governo está de mãos atadas devido “a falta de dinheiro” para resolver vários problemas de emergência.

“Não há outra solução e pedimos compreensão de todos “afirmou, Bom Jesus.

Há cinco meses que 18 mil habitantes da região de Neves, cidade do distrito de Lembá, consomem água imprópria, devido a destruição do centro de captação e tratamento de água daquela região a norte de São-Tomé.

Bom Jesus, lastimou a destruição precoce do centro de tratamento de água de Lembá. O dirigente recordou que a infraestrutura foi executada com “centenas de milhões de dólares concedidos pelo BAD (Banco Africano de Desenvolvimento).

“Tardam em chegar”, segundo o Primeiro Ministro São-Tomense, “a promessa financeira do Banco Mundial, no valor de quatro milhões e 500 dólares, para a reconstrução das infraestruturas rodoviárias, danificadas pelas chuvas intensas de dezembro e novembro passado.

Recordou o governante que “um estudo na posse da Câmara Distrital de Lembá, indicava que a construção daquela infraestrutura no leito do rio, foi desaconselhado devido a potencialidade do rio nas épocas chuvosas.

Sublinhou ainda que, a empresa de água e eletricidade EMAE” tem trabalhado na recuperação do antigo centro de captação de água, e que no seu entender “ainda não é o suficiente para abastecer toda a população”.

Além da falta de água, quatro pontes que asseguram o transporte de bens e pessoas, naquela região potencialmente rica em agricultura, pesca e turismo, ficaram destruídas.

“Estamos sem dinheiro nos cofres do estado para tantos problemas,” disse Jorge Bom Jesus e reforçou “o governo está numa situação difícil.”

Jorge Bom Jesus, disse ainda que o problema da escassez de água em Neves, é também válido para os moradores do Distrito de Canta-Galo, que nunca tiveram acesso a água potável canalizada.

As obras para captação, tratamento e distribuição de água potável às populações daquela região do País, encontram-se em curso. Os moradores de Santana e arredores abastecem-se de água potável no centro da cidade de São Tomé.

A situação de catástrofe natural, não sendo previsível veio ainda piorar alguns setores frágeis do país e sobretudo o plano do governo, no que diz respeito à execução de infraestruturas viárias e de abastecimento de água, para as populações mais desfavorecidas do interior do país.

O décimo sétimo governo constitucional de São Tomé e Príncipe, liderado por MLSTP-PSD (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, partido social-democrata), encontra-se no poder coligado com os partidos PCD- MDFM-UDD.

Por Ramusel Graça