Remodelação na direção da Enaport, apos a exigência dos trabalhadores

São Tomé, 06junho2022-(Jornal31) – Olinto Neves, foi indicado pelo Ministro das Infraestrutura Recursos Naturais, Osvaldo, Abreu, Presidente do Comissão de gestão da Enaport, apos o braço de ferro entre os trabalhadores e a anterior direção encabeçada por Manuel Diogo que foi acusada supostamente de ter tido gestão danosa.

Os membros que compõem a comissão de gestão, da Enaport (empresa nacional administração dos Portos), tomaram posse, este domingo(05.06), apos horas de negociações entre o sindicato e ministro, Osvaldo Abreu.

Esta segunda-feira, (06.06), a comissão foi apresentada aos trabalhadores. A mudança, ocorre quatro dias depois das negociações entre governo e os trabalhadores da Empresa Nacional Administração dos Portos, que rejeitaram a continuidade de Manuel Diogo, na qualidade do diretor da empresa.

Na passada sexta-feira (03.06) os trabalhadores da Enaport (empresa Nacional Administração dos Portos), anunciaram paralisação dos trabalhos. O encontro com primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, nem tão pouco com o ministro Osvaldo abreu resultou em fracasso. O sindicato e os trabalhos exigem demissão em bloco da atual direção.

“Ficou aqui claramente que essa gestão não tem pernas para andar. Não tem como continuar mais, face a situação da gestão danosa que criaram dentro da instituição, disse Adelino Silva, Secretário-geral da Enaport, apos o encontro entre o Ministro das Infraestrutura, Osvaldo Abreu e os trabalhadores da empresa esta sexta-feira (03.06).

Trabalhadores da Enaport reunidos com o Ministro Osvaldo Abreu (03.06)

“São os trabalhadores que decidiram paralisar os trabalhos face a ilegalidade que tem estado a acontecer dentro da instituição”, assegurou Silva.

Em declarações a imprensa o sincalista uma series de irregularidades supostamente praticadas pela atual direção de administração da Enaport.

“Acredita que hoje, os três rebocadores, estão mortos. E a direção da empresa, está a praticar a ação de alugar um rebocador, de um terceiro, a pagar 40 mil euros mensal e não só”, declarou.

Conta ainda que “essa direção alugou suas próprias viaturas à Enaport, no valor de trinta e cinco dólares diário, por cada viatura deles os diretores”.

Manuel Diogo e Yazalde Bandeira, são apontados como os “cérebros” das práticas de gestão danosa na empresa.

“Próprio o diretor geral atual, quando entrou fez uma reunião com assembleia dos trabalhadores aonde declarou que a empresa estava numa situação caótica. E ele assim que entrou, tomou posse fez uma indeminização a ele próprio, e outros colaboradores que faziam parte da gestão passada de 2012 a 2014 no valor de 1 milhão e 200 dobras. 400 mil dobras por cada diretor”

Pelo avolumar do descontentamento no sei dos trabalhadores Adelino Silva avisa: “os trabalhadores já manifestaram claramente que não querem mais esta direção. A direção de senhor Manuel Diogo, senhor Yazalde Bandeira. Não queremos mais. Isso significa claramente que eles têm que ir para casa hoje.”

Enaport falida?

Entretanto, Manuel Diogo, diretor da Enaport, rebate as acusações de que é alvo.

O responsável máximo da empresa esclarece de que não está amarrado ao poder” alias como os senhores jornalistas próprio veem já temos as minhas coisas arrumadas.”

Diogo qualifica a revindicação como sendo um ato político, refere: “estamos num período pré-eleitoral, porque uma greve tem mecanismos próprios para serem feitas.”

Segundo disse “recebemos a empresa há três anos aqui sim, de falência mesmo”.

Sindicato da Enaport, reuniu-se com o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus

“Os salários eram pagos recorrendo ao banco. O fisco não era entregue, segurança social uma divida avultada. Os fornecedores não conseguiam pagar. A emae dividiam 28 faturas”.

Garantiu por outro lado, Manuel Diogo “hoje em dia os senhores têm uma enaport que não deve um tostão a EMAE, que tem uma enaport que paga os impostos, nos últimos três anos demos ao tesouro mais de 1 milão 700 mil euros.

Assegurou ainda “temos uma enaport que paga renda ao banco, sem qualquer dificuldade, pagamos a segurança social dos nossos trabalhadores, por isso mesmo tudo é mais que falacias”.

“Rebocadores Velhos”

As operações porto de Ana Chaves, está reduzido a um rebocador, outros dois equipamentos, explicou encontram-se em manutenção, um dos quais, as peças estão a ser fabricadas em Portugal.

“Quanto aos rebocadores um dos rebocadores é mais velho do que eu, ou seja, tem pouco mais de cinquenta e poucos anos. É tão velho até, a peça para este rebocador já não se vê.

Considerou Manuel Diogo de “absurdas” as denuncias do sindicato de que a empresa paga por “40 mil euros diário pelo aluguer de um rebocador”.

Adelino Silva, Presidente Sindicato da Enaport

Segundo ele próprio no seu gabinete exibiu várias propostas enviadas por diversas empresas cujo valores eram exorbitantes, entre 2 mil 500 euros 4 mil 000 euros e garantiu por outro lado, que 1 mil 00 euros dia, foi tomada em conta.

Este responsável confessou em declarações a imprensa que “a empresa está de boa saúde financeira”, recordou por outro lado, ter recebido uma proposta do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP), que manifestou o interesse de apoiar a empresa na compra do rebocador.

“Estamos sim a espera de uma carta de conforto do governo. Eles vieram cá porque sabem quanto a empresa tem na conta.”

Por Ramusel Graça

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