Crise cíclica de energia um cancro em São Tomé e Príncipe

São Tomé (Jornal31) – São Tomé, observa há já dois meses, uma crise de energética provocada pela manutenção dos cerca de 12 geradores espalhados em quatro centrais térmicas deixando o País parcialmente as escuras, a população esta quarta-feira saiu as ruas em protesto, o governo promete uma solução breve que tarda em chegar

Buzinão de motorizadas, e viaturas dirigidas por um grupo auto- intitulado membros da sociedade civil, percorreu algumas artérias da capital São-Tomé, em sinal de protesto pela crise energética que o País observa. 

O fornecimento da anergia deixou de ser regular em São Tomé, em finais de abril passado. 

“Ninguém faz nada, não se pode aceitar todos os anos o País faz investimentos no setor energético compra de geradores recorrentes assiste-se falha de energia” afirmou um dos manifestantes. 

Não obstante o baixo consumo da energia no período da crise segundo explicou um jovem os preços não continuam a ser o mesmo na fatura da EMAE (Empresa de Água Eletricidade).  

“Famílias humildes precisam de energia para fazer os seus negócios, há quem vive de iogurte, gelado entre outras. E nos esses cumprimos sempre os nossos deveres”. 

No entanto, no último fim de semana, um jovem artista uma das figuras de proa da cultura são-tomense dirigiu fortes críticas ao governo de Jorge Bom Jesus, na rede social face-book, pela forma como este tem lidado com o processo. 

“O povo não precisa de porto em Águas Profundas: Os nossos filhos precisam sim, de energia, que representam desenvolvimento, as palaiês, comerciantes precisam energia para conservarem peixe ou produtos para venderem no dia seguinte” atirou.  

Inconformado disse ainda que não pertence ao partido no poder nem tão pouco, de que esteja contra os dirigentes do Estado, mas trata-se duma manifestação de descontentamento e revolta. 

O artista disse ter perdido eletrodoméstico devido a instabilidade energética, “não entende como que em 45 anos da independência o País ainda não conseguiu resolver um dos problemas básicos da população. 

Governo pede paciência a população 

Devido a onda de contestação ao governo de Jorge Bom Jesus, o primeiro-ministro são-tomense que durante a campanha para as eleições legislativas outubro de 2019, prometeu mais energia e água a população” assumiu que situação da energia fugiu do seu controlo. 

“Eu quero pedir a população e serenidade a energia vai melhorando, é um problema estrutural, que nós temos desde 1975.” 

O primeiro ministro são-tomense que visitou as quatro centrais térmicas para se inteirar do problema, considera agora País deve emigra-se para o sistema de energia renovável, tendo em conta as complexidades da energia térmica. 

“Carregamos este fardo da energia térmica, é preciso catapultar para outros níveis libertação da autonomia. Eu quero sobre tudo pedir a população muita calma e que não se deixem aliciar por aventureiros”. 

Anunciou conservações em curso entre governo e o PNUD (programa das nações Unidas para Desenvolvimento), para instalação de uma rede de paneis solares na (central de santo Amaro), um projeto piloto que visa a transição da energia fóssil à renovável. 

Covid-19 afeta produção energética 

“Existem fatores externos, que não me permite dizer no horizonte temporário quando todos os grupos irão funcionar. No entanto as aquisições já foram feitas. As peças vão chegando vamos trabalhando no sentido de repor o funcionamento da central”, afirmou um técnico da EMAE, durante a visita do primeiro-ministro a visita da central de santo amaro. 

“Há situações que aparecem durante a manutenção, mas garantimos que gradualmente vamos melhorar o fornecimento de energia” argumentou. 

“Há fatores que não controlamos” disse o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, referindo-se a pandemia que esta diretamente por detrás da chegada tardia dos grupos de geradores que -se encontram em manutenção. 

Explicou que a falha na entrega das peças, prejudicou a produção energética no País, devido o encerramento das empresas, navios paralisados, e muitos aviões cargueiros parados agudizou a crise energética em São Tomé e Príncipe. 

A crise energética em São Tomé tronou-se um cancro. O problema ganha maior relevância sobretudo no período eleitoral e contribuiu para vitória da oposição e derrota para partidos no poder.  Assim aconteceu com o governo de Patrice Trovoada. 

Com o nível de descontentamento a aumentar de ton no seio da população devido a crise energética, e praticamente na contagem decrescente às eleições presidências marcadas para 18 de julho próximo e o governo liderado MLSTP/PSD, multiplica esforços para garantir o fornecimento regular de energia até junho, para que o seu candidato de “cabelos brancos que soube esperar a sua vez” não seja sancionado na urna. 

Por Ramusel Graça 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *