Cobra preta em vias de extinção em São Tomé

São Tomé (JORNAL31) – A cobra preta, esta em vias de extinção em São Tomé e Príncipe, devido a caça excessiva para consumo humano e a utilização da sua cabeça e gordura para efeitos de tratamento tradicional, segundo Luís Ciríaco, investigador português 

O investigador português convidado pela escola portuguesa para proferir uma aula aberta entre (10 à 15 de maio) sobre a biodiversidade de São Tomé, informou que a cobra preta encontra-se nas zonas longínquas devido a perseguição do homem. 

“Esta cobra só existe aqui. É um animal que toda gente conhece, isso poder-se-ia transforma-la numa imagem de marca” sugeriu Luís Ciríaco. 

De cor preta a sua pele brilha com a luz do sol, garante Luís Ciríaco que o seu tamanho faculta a caça rápida, por isso, entende que a espécie pode ser dizimada. 

No entanto, Maria do Ceu Madureira, bióloga portuguesa residente na ilha de São Tomé, há já vários anos testemunhou no início de maio a morte de uma cobra preta na roça Abade, pelos camponeses no interior de São Tomé.  

Referiu ela que o reptil não constituiu perigo para o ser humano, mas enfatizou que normalmente a luta entre o homem e a cobra preta termina na morte do animal. 

Madureira, reforçou ainda que na região sul de São Tomé zonas que no passado via-se facilmente a cobra preta, agora já não vê a presença do animal. 

“Uma equipa de cientistas portugueses esteve na ilha a procura de cobra preta para retirar o seu veneno para desenvolver anticorpos para os mesmos não se conseguiu, levou semanas e semanas até que se achou noutras regiões da montanha”. 

No mundo rural a cobra preta é consumida com regularidade, ela alimenta-se de “rato e buzio”, por outro lado o animal é também procurado para extração da sua gordura e cabeça para efeitos de tratamento tradicional. 

 Aparecimento suspeito do crocodilo do Nilo? 

Cerca de um mês depois de um crocodilo ter sido avistado nas praias da zona sul de São Tomé, Luís Ciríaco, desmitificou as interrogações e as alegações sobre a presença do animal na Ilha. 

Segundo o biólogo, este animal foi arrastado pelas correntezas marítimas, da convergência da água doce e água salgada, disse que no período em que o animal apareceu em São Tomé, registava-se em Angola chuvas intensas.  

Defendeu por outro lado, que a corrente marítima que arrastou os dois pescadores angolanos, para as águas são-tomenses são as mesmas que transportaram o crocodilo do Nilo, que segundo ele terá apoiado num tronco de madeira. 

“Foi bastante esclarecedor, isto desmitificou um pouco todo esse alarme social, ficamos a saber que é apenas um único individuo. É muito importante que os jovens saibam da riqueza que tem no País e se dediquem ao estudo da ciência”. 

O aparecimento do crocodilo do Nilo, recorde-se deixou o País em alvoroço, na Roça Colonia Açoriana Praia, aonde o animal foi abatido, quinze dias antes o medo tomou conta daquela comunidade piscatória. 

Os agricultores na altura recorde-se deixaram de ir as suas parcelas de terra com medo para não serem atacados, igualmente os pescadores deixaram de ir á faina. 

Antes de ser abatido por fuzileiros navais da marinha são-tomense, o animal saia do mar em direção a praia a busca de habitat natural na foz dos rios nas redondezas do vilarejo a noite. 

Por Ramusel Graça 

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