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São Tomé, 25julho -(Jornal31) – Esta adiada a segunda volta das eleições presidências em São Tomé e Príncipe, agendada para 8 de agosto próximo, o Tribunal Constitucional, no seu acórdão emitido este domingo, decidiu pela recontagem total dos votos, para clarificar as reclamações e suspeições de fraude eleitoral ocorridos na eleição de 18 de julho 

O acórdão assinado, pelo presidente do Tribunal Constitucional, Pascoal Daio, e Hilário Garrido, com votos vencidos dos juízes conselheiros Maria Alice de Carvalho e Amaro Pereira, Couto, determina a “recontagem total dos votos nas eleições para a presidente da República, realizadas no dia 18 de julho de 2021” 

O documento de quatorze paginas sustenta ter “sido notório várias irregularidades que afetam, os resultados obtidos e que consubstanciam fraudes com repercussões nos resultados gerais das eleições”. 

Esta decisão do TC, é uma resposta a reclamação interposta nesta instância pela candidatura de Delfim Santiago das Neves, que obteve terceiro lugar após a divulgação dos resultados provisórios anunciados pela comissão eleitoral nacional no passado dia 19 de julho. 

 Lê no acórdão que os mandatários da candidatura de Maria das Neves, contatado pelo Tribunal Constitucional, salientou que” deve ser clarificado os resultados eleitorais”, enquanto que o candidato Eugénio Rodrigues da Trindade Tiny, “advoga pela anulação do escrutínio, ele afirmou ainda que “traria eventualmente um melhor esclarecimento, mas sem, contudo, quer tomar uma posição definitiva”. 

Por outro lado, o candidato Jorge Amado, “não se após a recontagem, dos votos desde que a mesma seja feita na comissão eleitoral nacional” 

Igualmente Roberto Garrido, Guilherme Posser da Costa e Olinto Neves, requereram a recontagem total dos votos. No entanto o mandatário do candidato Carlos Vila Nova advogou o indeferimento do pedido. 

Dados provisórios da CEN dá conta que Vila Nova, que concorre pelo maior partido da oposição ADI (Acão Democrática Independente), obteve na primeira volta 32.022 votos, correspondentes a 39,47 por cento, contra 16.829 votos, 20,75 por cento de Pósser Da Costa, apoiado pelo partido no poder, MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe).  

A segunda volta das eleições que estavam agendadas para 8 de agosto estão agora adiadas, e o início de campanha previsto para 30 de julho estão cancelados até a decisão final do tribunal Constitucional que decidiu pela recontagem total dos votos. 

Recorde-se depois de uma onda de críticas, devido a suspeição de fraude eleitoral e a divulgação tardia dos resultados provisórios, na última sexta feira, a Comissão Eleitoral Nacional, assumiu que houve “erros informáticos que, no entanto, não alteram os resultados que colocam, Carlos Vila Nova e Posser da Costa na segunda volta” 

Ramusel Graça