Eleições/ São Tomé e Príncipe: Carlos Vila Nova confiante na vitória, mas teme fraude eleitoral

São Tomé, 29 de agosto21 (Jornal31) -Carlos Vila Nova, candidato do maior partido da oposição são-tomense (ADI) em campanha eleitoral na segunda volta das eleições presidências, promete “mudar vida dos são-tomenses, mas teme que a fraude eleitoral, possa comprometer a vontade do povo.

“Eu quero ajudar a resolver os problemas socias, são muitos que as pessoas nos relatam os seus. As decisões devem deixar de ser tomadas no gabinete e com truques” apontou Carlos Vila Nova, candidato apoiado pela (ADI), referendo a degradação do nível de vida dos são-tomenses depois da pandemia e a política do governo de Jorge Bom Jesus.

Carlos Vila Nova, desde início da segunda volta da campanha eleitoral passou pelos distritos de Me-Zochi, Lembá e Canta Galo, na caça aos votos.

O antigo ministro das infraestruturas e recursos naturais (entre 2018-2019), engenheiro de telecomunicações, que experiência empresarial enquanto administrador da Mistral Voyage, promete “vida nova aos são-tomenses”, segundo slogan da sua campanha.

Sem grandes discursos políticos, tido como homem de trato fácil, mas também determinado, o candidato apoiado pelo maior partido da oposição desde 2018, interaja-se com a população.

O sucessor de Evaristo Carvalho, cujo mandato termina a 3 de setembro, dois dias depois da eleição em que cerca de 120 mil eleitores são chamados a urnas para eleger, Carlos Vila Nova ou Pósser da Costa, o quinto presidente no regime multipartidário, depois da primeira volta realizada a 18 de julho passado, em que ficaram pelo caminho 17 candidatos.

A realização da segunda volta das eleições, foi conturbada, devido, um recurso interposto no Tribunal Constitucional, pelo terceiro candidato mais votado, Delfim Santiago das Neves que pediu a recontagem dos votos.

Recorde-se na altura surgiram dois acórdãos sobre o mesmo recurso, a um a favor da recontagem e outro contra, facto que gerou polemica obrigou a intervenção do Presidente da República.

A segunda volta das eleições presidências 2021, estava agendada de acordo com o calendário eleitoral fixado para 8 de agosto findo.

Mas devido o imbróglio eleitoral que-se instalou no Tribunal Constitucional, a CEN (comissão eleitoral nacional), reagendou a disputa para 29 de agosto, data que mais tarde foi chumbada no parlamento.

A maioria parlamentar, constituída pelo MLSTP-PSD (movimento de libertação de São Tomé e Príncipe, partido social democrata) e a coligação PCD (partido da convergência democrática) MDFM-UDD (movimento democrático força da mudança) e a (União para democracia e desenvolvimento), aprovaram a realização do pleito eleitoral para 5 de setembro, data que mais tarde foi promulgada pelo presidente são-tomense, Evaristo Carvalho.

No entanto, mas tarde Delfim Neves, também do presidente do parlamento são-tomense reconhecera, a derrota no mesmo dia que (TC), declarou a segunda volta entre Carlos Vila Nova e Pósser da Costa.    

“A democracia é festa, mas em última instância é o povo que decide” sublinhou Vila Nova que promete vida nova aos são-tomenses.

“Eu tenho a certeza que o povo saberá escolher o candidato certo mais uma vez para conduzir os destinos desta Nação” indicou Carlos Vila ladeado de vários militantes do seu partido em Me- Zochi.

“Nós vamos continuar a trabalhar unir as pessoas” afirmou Carlos Vila Nova, que considera ser uma das prioridades durante oito dias de campanha nesta segunda volta das eleições presidências marcadas cuja eleição será no dia 5 de setembro.

Patrice Trovoada de Regresso?

Na segunda volta das eleições presidências de 2021, segundo Carlos Vila Nova, o nome de Patrice Trovoada, presidente da ADI (Ação Democrática Independente), tem sido utilizado pelo MLSTP/PSD, para enfraquecer, a sua candidatura.

O então primeiro-ministro do decimo sexto governo constitucional (2014-2018), Patrice Trovoada, filho do antigo presidente são-tomense Miguel Trovoada, é uma figura de amor e desamor, no xadrez político são-tomense, resultante dos quatro anos da sua governação, segundo própria direção do partido quando se justificava a ausência do líder em campanhas

“Estão a criticar a todo momento Patrice Trovoada(..) Então ele, não é filho de São Tomé? Interrogou, o candidato da ADI Carlos Vila Nova que prosseguiu “toda gente tem o direito de viver aonde quer e vir quando quiser. Ninguém pode impedir o outro de estar na sua terra e estar com a sua gente”

Patrice Trovoada, encontra-se ausente de São Tomé e Príncipe, depois do seu partido ter perdido as eleições em outubro de 2018.

Desde início e no decorrer das eleições presidências de 2021, muito se especula a vinda ou não de Patrice Trovoada, para apoiar o candidato do seu partido, que muito tem beneficiado da popularidade do seu líder.

“Ninguém vai impedir o outro”, a inquietude no seio do partido sobre a vinda de Patrice Trovoada divide o partido.

“Patrice Trovoada” é tido como um trunfo de argumento de Carlos Vila Nova, para que os fãs do filho do antigo Presidente da República, Miguel Trovoada, que não votaram na primeira volta possam o fazer no dia 5 de setembro.

A residir em Portugal Patrice Trovoada, tem utilizado redes sociais, para mobilizar, apelar voto dos militantes, fãs e seguidores seus, para garantir a vitória de Carlos Vila Nova contra Pósser da Costa.

Desconfiança de fraude

“Estamos a lidar com pessoas muito maldosa, que só sabem fazer o mal. Eles não têm limites quando querem atingir os seus fins. Se tiverem que fazer fraude, vão fazer. Alias já estão a dizer já estão a preparar já dizem por todos os locais que já ganharam” disse o candidato.

“Eles ganham sem o povo lhes escolher, e como? Tem que ser com malandrice” disse Vila Nova que falava ao militantes e apoiantes do seu partido em Folha Fede, uma das localidades do distrito de Me Zochi.

“Cada um de nos vai ter de estar atento, não só os membros da mesa, não serão só os delegados, cada um de nós vai estar atento” declarou o candidato do maior partido da oposição são-tomense”.

 Por Ramusel Graça

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