Jornal31

São Tomé, Janeiro de 2022 -(Jornal31)- O ministro da Saúde, Edgar Neves, bateu com a porta pondo o cargo à disposição do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, depois de os sindicatos da classe não terem comparecido às negociações, findo o prazo do memorando de entendimento que aspirou esta sexta-feira. Diz que a decisão é irreversivel.

O ministro da Saúde demissionário não resistiu à pressão dos sindicatos, deixando o cargo à disposição do chefe do governo, Jorge Bom Jesus (18.01).

Na Sexta-feira (20.01), o encontro que tinha sido agendado para avaliação do cumprimento dos compromissos que constam do caderno de reivindicações e do memorando de entendimento, ficou sem efeito, pela ausência dos representantes da classe sindical.

(14.01) No jornal das sextas da TVS (Televisão São-tomense), Edgar Neves acusara os médicos de serem autores de desvio de medicamentos ocasionando constantes roturas de stock no sistema nacional de saúde.

O Sindicato dos Médicos, recorde-se, através da sua representante, Benvinda Cruz, questionou tais afirmações, interrogando se “o desvio acontece de cima ou de baixo.”

Por seu turno, a Ordem dos Médicos de São Tomé e Príncipe, na pessoa do bastonário Celso Matos, repudiou a postura do ministro da Saúde, alegando na ocasião que os medicos não têm bloco operatório em suas casas.”

Como é que faltam materiais cirúrgicos?  Em que década o Estado são-tomense comprou esses equipamentos ?”

Interrogações  que Celso Matos deixou no ar, avançando o argumento de que o ministro demissionário Edgar Neves “pretende esconder a sua incompetência em resolver os problemas do Setor, acusando a classe de ser negligente.”

Para a Ordem dos Medicos, o ministro visado faltou com a verdade, ao ter insinuado que “a falta de medicamentos” é o único problema  existente no sector da Saúde.

Edgar Neves, que este sábado (22.01) disse adeus ao décimo sétimo governo constitucional, liderado por Jorge Bom Jesus, asseverou que o seu pedido de “demissão é irreversivel.”

Feitos de Edgar Neves na Saúde

Em jeito de balanço, anunciou os ganhos alcançados por si e a sua equipa nos últimos três anos.

“Temos uma cozinha moderna no HAM (Hospital Ayres de Menezes), temos a morgue em funcionamento pleno.”

“Temos financiamentos garantidos para as obras de requalificação do Bloco Operatório e da Maternidade e reparação e construção da Pediatria. As obras de ampliação da Enfermaria de sintomáticos-respitarios.” – pontuou  Edgar Neves.

Médico de profissão, Edgar Neves é militante da UDD (União para o Desenvolvimento Democrático), partido integrante da coligação MDFM/ UDD no poder, em coabitação com o PCD (Partido de Convergência Democrática).

Por Ramusel Graça