São Tomé e Príncipe precisa de 33 milhões de euros para superar prejuizos causados pelo temporal

São Tomé, 27 de Janeiro de 2022 – (Jornal31)- O governo são-tomense estimou em 33 milhões de euros o custo da recuperação de estradas, pontes e outras infra-estruturas devastadas pelo mau tempo que se registou na ilha de São Tomé, incluindo recursos para apoio às vítimas da intempérie, que causou dois mortos.

Em termos de infra-estruturas, informou o Ministro das Finanças e Economia Azul, Engrácio da Graça – o valor atingirá os 21 milhões de euros.

No que toca à recuperação da estação de capatação e tratamento de água potável, que abastecia mais de 18 mil habitantes da cidade de Neves e arredores, o mesmo responsável adiantou a estimativa de dois milhões e 300 mil euros.

Boa parte do orçamento será afectada ao sector da saúde – referiu ainda o titular das Finanças, alegando que se torna imprescindível “apetrechar os centros de saúde de medicamentos e reagentes, para a eventualidade de qualquer epidemia decorrente do consumo de água contaminada pela população”.

O montante contempla igualmente uma linha de crédito destinada a pessoas individuais e colectivas, sendo que pescadores e demais elementos que comprovadamente sofreram danos causados pela enxurrada beneficiarão de um auxílio que poderá oscilar entre 1 500  e  2 000 euros.

O sector agrícola será de igual modo abrangido e contarão com o apoio todos quantos perderam as suas culturas e plantações pelos dois dias consecutivos de chuva intensa (28 e 29 de Dezembro ) que  abalou o Arquipélago.

Aos comerciantes – avançou o dirigente – será disponibilizada uma linha de crédito totalizando 3 milhões de euros, visando a recuperação dos prejuízos sofridos pelos mesmos agentes económicos.

Segundo o Ministro Engrácio Graça, o relátorio detalhado sobre o plano de ajuda foi concluído no prazo de um mês e já se encontra nas instâncias do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), FMI (Fundo Monetário Internacional) e BAD (Banco Africano de Desenvolvimento), respectivamente.

O governante adiantou, por outro lado, que caberá aos referidos organismos “eles irão padronizar os relatórios de acordo com as exigências das suas agências para que possamos, o mais rápido possível, ser beneficiados com o dinheiro.”

“Estamos em crer que entre Fevereiro e Março teremos dinheiro para darmos início aos trabalhos” – assim espera o Ministro Engrácio da Graça.

Por Ramusel Graça

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