GREVE GERAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

São Tomé, 14 de Agosto de 2022 (Jornal31) – O núcleo de sindicatos da Universidade de São Tomé e Príncipe anunciou esta sexta-feira uma greve geral por tempo indeterminado dos docentes e não docentes. Foram infrutíferas as tentativas de negociação entre o grupo sindical e o governo sobre o caderno reivindicativo.

Vários cartazes com mensagens apelativas sobre exigências dos grevistas afixados no portão principal de acesso à Faculdade de Ciências e Letras, um dos pólos da Universidade de São Tomé e Príncipe, anunciaram a greve geral na USTP.

“Melhoria das condições salariais, laborais, implementação do regime privativo e remuneratório e o pagamento de um ano de salário em atraso dos professores extraordinários, implementação do estatuto de carreira docente revisto são as exigências”- afirmou Ana Paula Ceita, porta-voz do núcleo sindical da Universidade de São Tomé e Príncipe.

Ana Paula Ceita, porta-Voz núcleo sindicato USTP

A Universidade de São Tomé e Príncipe foi instituída desde 2014. Não obstante existir um regime remuneratório privativo, os funcionários ainda continuam abrangidos pelo regime geral de salários da Função Pública.

“Existem colegas que ainda recebem 1100 dobras, houve um aumento de salários e porque é que não fomos contemplados?”- interroga a porta-voz do núcleo sindical da USTP.

A sindicalista fala da existência de professores não qualificados que leccionam na Universidade e ainda das más condições das infra-estruturas dos três pólos da referida instituição universitária.   

Ana Paula indica que a carta reivindicativa foi entregue à Ministra da Educação Julieta Rodrigues, desde 2019” e por isso lamenta o facto de, passados quatro anos, não ter havido diálogo e uma solução para os problemas.

Universidade de São Tomé e Príncipe em greve

“Ela simplesmente guardou os documentos e disse que não existiam condições para que o documento fosse aprovado” – apontou.

Os docentes de quadro e funcionários dos três pólos da Universidade de São Tomé e Príncipe decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, enquanto não forem satisfeitas as reivindicações.

“Nós temos um calendário académico que foi aprovado, as matrículas para o ano letivo de 2022-2023 iniciaram no dia 8 de agosto, mas suspendemos tudo enquanto o Ministério da Educação não resolver a situação” – declarou a representante sindical.

Por Ramusel Graça

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